Depois de um dia daqueles,
correria do trabalho, chefe gritando.
Apuros na faculdade, professor marcando trabalho.
Um ônibus lotado para fechar com chave de ouro.
Trabalhadores honestos,
e estudantes esforçados se espremem como numa grande lata de sardinha motororizada.
Lembra daquela aula de fisica que dizia:
" Dois corpos não podem ocupar ao mesmo espaço e tempo,....
Cai por chão no ônibus que pego !
Chegando em casa,
mistura de alivio ao tirar o tênis,
com a frustação do silêncio.
Ninguém para ouvir gritar:
- Querido chegueeeeiiii....
Eu Laffa, quando chego em casa é quase que sagrado e profano,
tirar o tênis no quarto,
abrir a porta do fundo para o Will entrar,
Servir uma dose de pinga ( de gengibre ) e me jogar no sofá.
Sem fazer mais nada, e na escuridão da sala desacelerar minha cabeça.
Os dias vão passando e fico imaginando,
por que trabalhamos tanto ?
Poxa não curtimos mais o dia,
Não saimos durante a semana num parque, para ver o pôr-do-sol;
Quase não temos mais tempo para um cineminha numa quinta feira com um amigo ou sozinho mesmo.
Piorou ir visitar um amigo querido !
Agora chove aqui,
Nada para fazer além de esperar o boa noite do William Bonner,...rs
E depois de um bom banho quente, e meu lado tenor ensaiado,
Só me resta comer aquele miojão ao molho de que tiver na geladeira,
E como criança correr para o quarto,
lá me esperando como um consolo ( no bom sentido ) para os encalhados,
uma caixa de bombom virgem e lacrada.
Com a chuva batendo na janela,
O rádio ligado,
Vejo como o bem estar depende apenas do nosso querer.
As vezes se faz necessário estar sós,
Mas jamais sozinhos !
Não devemos nos afastar das pessoas que tanto gostamos,
Só temos este dia para ligar para ela, e dizer o quanto és especial.
Amanhã ainda não existe, diz os filosofos de plantão.
Jamais deixe de orar por dias melhores,
E nunca esqueças que nossas lembranças,
são a prova que tudo nesta vida merece,
e é possivel uma segunda chance !
Chove lá fora,
e aqui meu coração aqueçe,
enquanto te espero.
Venha logo,
ou ficará sem bombom !