Quando te aperto contra mim,
quando te beijo,
percebo que este amor é assim
como uma mistura
de ternura
e desejo,
que não tem fim...
As vezes, tenho vontade de tomar-te entre as mãos
com a humildade e a pureza de um crente
a desfiar um terço,
tenho vontade de te embalar docemente
com esse cuidado de alguém que embalança
num berço,
uma criança...
E, logo após, ímpetos de te amar,
de te querer e beijar
com volúpias de fogo
e caricias de chama,
como desesperadamente a gente quer
e beija
um rapaz
que se ama,
e se deseja...
Mistura
de ternura e desejo,
de mansa ternura
e desejo violento,
mistura
de morno carinho
e voluptuoso calor
- as vezes te quero como uma criança...
- outras vezes, como um louco, um doente de amor !
( Poeta J.G. de Araujo Jorge )
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